Meus queridos pseudo-críticos dos jornais,
Não consigo perceber como é que alguns de vocês viram um mau filme nesta obra, sobretudo no que diz respeito à fotografia que é perfeita, mais que perfeita.
Se não gostam deste tipo de cinema, se são mais do tipo A Bela e o Paparazzo... por que razão foram vocês ao visionamento? Por que raio não foi o tipo que está a duas secretárias da vossa e que até sabe entender e perceber este tipo de cinema?
Se era para isto bastava um resumé da sinopse, ou já agora daquele calhamaço em pdf que as distribuidoras vos enviam. Estamos conversados? E o que me custa mais é que enquanto escrevo estas palavras fá-lo com dois críticos em mente. Quer dizer pelo menos um deles sei que é crítico de cinema, quanto ao outro já não posso dizer.
Não gostei do filme. Adorei! Estou aqui neste momento num verdadeiro conflicto interior a tentar decidir qual é afinal o meu filme preferido do Von Trier. Se o Dogville ou este. Muito diferentes, ambos extraordinários.
De nada me importa que os filmes de um determinado realizador estejam marcados pelas psicoses do mesmo. Que seria do cinema de um Woody Allen, Almodóvar, Lynch ou Von Trier se não fosse isso mesmo? Provavelmente não iamos achar a sua cinematografia tão encantadora se não fossem estas psicoses que tornam o seu cinema tão único. Torna-se numa espécie de marca que está ali e em mais lado algum.
É muito visual? Sim! É o filme mais violento de 2010 (a nível fisico e psicológico)? Sim! Mereceu as distinções em Cannes 2009? Hell yeah! É o melhor que vi este ano no cinema? Sim, não tenham dúvidas.
P.S: A dedicatória a Andrei Tarkovsky está mais que fundamentada, caros críticos.
2 comentários:
É assim, vou precisar de terapia psicológica depois disto.
Queria tanto ir vê-lo...
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