Nine

Tive uma grande surpresa com este filme do Rob Marshall, logo eu que não sou nada dada a musicais. Por quê? Porque não faz sentido na minha cabeça que alguém desate a cantar em vez de falar assim do nada (ao a fazê-lo ao mesmo tempo que sai do mar como vi no Mamma Mia). Sei que este tipo de situações remete para o subconsciente dos indivíduos e essa é a key-line deste filme.

Uma plot forte? Hummm... nem por isso. Mas como costumo dizer... a história é a coisa menos importante num filme. Dêem-me uma boa fotografia, bons enquadramentos, bons planos, cortes, boas interpretações... e eu sou uma mulher feliz. E este consegue.

É claramente um filme para agradar os amantes do cinema europeu (sobretudo do italiano), não é por acaso que Marshall foi buscar três actrizes europeias galardoadas com um Óscar (Sophia Loren, Marrion Cotillard, Penélope Cruz).

Trata-se de uma piscadela de olho descarada às categorias de Best Musical/Comedy nos prémios que se seguem.

P.S: Gosto sobretudo dos laços que ficam por descodificar, nomeadamente o título do filme.

P.S.2: Chama-se Nine porque todos aqueles momentos (presentes no filme em black and white) que marcaram o Guido Continni aconteceram quando tinha 9 anos.