Gosto de gente inteligente. Não gosto de gente sabichona.
Refiro-me àquele tipo de pessoas que sabe sempre mais do que o do lado, que sabe sempre o que é melhor, o que deve ser feito, cuja palavra é que conta e, na sua óptica, o outro não passa de um parolo.
Ao longo da vida engoli muitos sapos e muitas vezes baixei as orelhas frente aos sabichões. Tudo isto porque não acreditava em mim, no meu potencial, no meu talento. Acabei por "levar porrada" e apanhar muitas desilusões. Porquê? Porque nem sempre a óptica dos sabichões era a melhor e muitas vezes a minha ideia (aquela que na casa partida pouco valia) acabava por ser a mais acertada.
Despedi-me da empresa onde mais cresci enquanto pessoa e profissional. Demiti-me porque me sentia a sufocar, porque já não era feliz (sim, cheguei a ser muito feliz ali) e sabia que tinha valor. Com a minha saída aprendi a importância do meu trabalho, das minhas qualidades enquanto profissional e que deixei um vazio no coração de muita gente.
Saí porque quis. Saí de cabeça erguida e de bem com a vida. Arranjei um novo desafio (e mais interessante que o anterior) em menos de um mês. O segredo? É preciso acreditar, lutar e provar que somos realmente bons naquilo que fazemos.
Mas como indica o título deste post... não há bela sem senão e cabras, essas, há em todo o lado. Têm, no fundo, o dom da ubiquidade - apenas assumem diferentes formas (corpo, idade, género). É algo que já me apoquentou bastante no passado, mas neste momento a história não é bem assim. Não sou perfeita, longe disso. Comecei do zero numa área que não conhecia, comi muito pó, bati muitas vezes com a cabeça, engoli muitos sapos e saltei algumas pontes (deliberadamente e sem pedir licença). Tornei-me numa boa profissional, alguém que é capaz de carregar um departamento às costas e de fazer um bom trabalho. Neste momento já não aceito qualquer bullshit ou frights por parte de sabichões.
I am you I am. I worth what I worth. You could be the Pope, but I would still be this way.
Um comentário:
Muito bem falado.
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